domingo, 9 de agosto de 2009

Anadota

Oije vou-ma cuntar-ves uma parte cum co mê ti se saíu esta tarde, cando tava más eu, e ca mim me dê munta festa. Béque-me a xtóirinha leva jêto.
Atã é assim:


Andava um pretuguês por i, num povo quajquer desse Algarve, à pregunta duma venda. Vai daí, cando dá cum uma e sa vai assomar, arrepaira que tá fechada. Atã pranta-se a matinar: «Bolas! Que chatice! Porque será que não está aqui ninguém?» (*)

Nesse poucachinho, passa porli ò rés uma velhinha e ele, munte rapetezo, dá-lhe de vaia e précura-lhe:
- A senhora não sabe se o café abre hoje?" (**)
Ò ca melherzinha acode:
- Cude c'abra.

O home já anérvado de na dar cuma venda aberta, panha uma marafação inda maior, pinsando da velha ser torta e o mandar pó cu da cabra. Manêras c' abala chê da vaneno e a rasmorder da melher. Um padacinho despôs já a venda tava aberta, ma logue o home já ia munte desviado per essa altura, e na se chegou a fornecer...

Mostra que saber algravio inda vem a dar jêtes. Calhande este desgraçáde nã tinha ficade cas calças nas mãs, na é verdade? Punhão! Qu'é pa proixma na ser tã bruto!

(*) Im algravio: Pôrças! Má da volta! Má que jêtes na tará aqui famila?
(**) Im algravio: Amecêa na tem idéa sa venda abre oije?

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