Esta é a nha purmêra pousia im algravio. Arresolvi-me a xmentar tirar uns versos na nossa benita fala, a ver se isto dá arge a alguma cousa... Se desta vez na levar jêto, pa próxma melhor há-de fcar. É pciso é ir inçando.
Atã, vã-me lá a ver!
POUSIA PURMÊRA
Dou per mim, parte das vezes,
De rojo no mê soalho;
Tude à roda é tã grande
E ê vêje-me piquenalho.
Nã tenhe idéa ò que vou,
Nim tampouque de quim seja.
Ma ca rai face ê no mundo?
Viver dá-me im bretoeja...
Ninguém ma procurou nada,
Condo ma prantarem aqui.
Mode quê tarê ê, atã,
De fazer fenezas por i?
Atento assim o juízo
Inté quaj fcar tramouco;
Na se me desarreda da idéa
Que Dês anda a fazer pôco!
Intre mê tanta famila
Sará caso nã haver
Uma manchêa a dar-lhe rabeada
Más ê, mode este viver?
Condo a vida anda às abarcas
Ca té dá marafação,
Só aptece é arrulhar:
- Tá o mar fêto num cão!
Ma é nesta ladêra, à raboleta,
Que nes pedim pa andar;
Na ravinhem adespôs
Da famila só impar...
Cá pra mim, mêmo qu'ê cude
Qu'isto na leva sintido,
Na tenhe à vonde cum viver
Seja ou nã tempe perdido...
Antóino Rebêro
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Genial =)
ResponderEliminarGrande abraço e boa continuaçao de bom trabalho!
gostei do blogue.
ResponderEliminarparabéns.
Muito obrigado pelo vosso feedback!
ResponderEliminarÉ isso que me dé força para continuar!
Im Algravio: Munte obrigade pras vossas repas!
É isse que ma dá rôpa pa cantinar!
Este blogue encheu-me as medidas, sim senhor!
ResponderEliminarJá o caminho não vai criar erva!
Haja saúde
Mano João